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Yara Lins presta depoimento na Polícia Federal sobre agressões sofridas por Ary Moutinho; veja vídeo

Brasil – Nesta tarde de quarta-feira, (21/2)  a presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), conselheira Yara Lins, compareceu à sede da Polícia Federal para depor sobre as agressões que alega ter sofrido pelo conselheiro Ary Moutinho minutos antes da votação para escolha da presidência da casa, ocorrida na eleição do dia 3 de outubro de 2023.

A denúncia inicial foi apresentada no dia 6 de outubro do mesmo ano à Polícia Civil, mas agora o caso ganha nova dimensão ao ser transferido para a esfera Federal. A presidente do TCE-AM esteve acompanhada com sua advogada, Catharina de Souza Cruz Estrella, que deu mais detalhes sobre o procedimento.

A conselheira Yara Lins, presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE), registrou uma queixa na Polícia Civil do Estado no dia 6 de outubro de 2023 contra o conselheiro Ari Moutinho Júnior. Esse passo veio logo após sua reeleição para a presidência do tribunal, em uma disputa na qual Moutinho também participou. De acordo com o boletim de ocorrência, Yara relatou que, durante uma sessão plenária do tribunal, Moutinho a chamou de “safada, traidora e p.”, ameaçando recorrer à subprocuradora-Geral da República Lindôra Araújo para prejudicá-la. Logo após a apresentação da queixa, Moutinho emitiu uma nota à imprensa do Amazonas negando veementemente as acusações, alegando que os fatos não ocorreram conforme narrado por Yara. Entretanto, a Polícia Civil do Amazonas reuniu evidências testemunhais contra Moutinho. O conselheiro Luís Fabian Barbosa depôs confirmando ter testemunhado as agressões. Além disso, Lara Marialva Rondon Júnior, uma das assessoras do tribunal, corroborou a versão de Yara, afirmando que Moutinho a chamou de “p., vagabunda e vadia” e ameaçou prejudicá-la. O então ministro da Justiça, Flávio Dino, também chegou a receber a conselheira Yara Lins, que detalhou as agressões e ameaças proferidas por Moutinho. O ministro destacou a preocupação com a frequência desse tipo de violência política de gênero no Brasil, informando que diversos casos semelhantes haviam chegado ao Ministério da Justiça desde janeiro, resultando em inquéritos policiais que foram encaminhados à Polícia Federal. O caso chamou a atenção até mesmo do então ministro da Justiça, Flávio Dino, que recebeu Yara Lins e manifestou preocupação com o que descreveu como uma “epidemia de violência política de gênero no Brasil”.

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