Venezuela dá três dias para funcionários da ONU deixarem o país
Na tarde da última quinta-feira (15), o chanceler da Venezuela, Yvan Gil, anunciou a decisão da ditadura socialista de “suspender as atividades” do gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos no país, instalado em 2019. O anúncio venezuelano surge após um comunicado da entidade da ONU que manifestou “profunda preocupação” com a detenção da ativista venezuelana Rocío San Miguel, crítica do ditador Nicolás Maduro e acusada de “terrorismo”. A ditadura da Venezuela ainda ordenou a saída dos seus funcionários do território venezuelano em 72 horas. “Esta decisão é tomada devido ao papel inadequado que esta instituição tem desenvolvido, que, longe de se mostrar como uma entidade imparcial, tornou-se o escritório de advocacia privado do grupo de golpistas e terroristas que conspiram permanentemente contra o país”, disse Yvan Gil. O chanceler da ditadura indicou que a decisão será mantida “até que retifiquem publicamente perante a comunidade internacional a sua atitude colonialista, abusiva e violadora da Carta das Nações Unidas”. Yvan Gil salientou que a ditadura venezuelana fará uma revisão abrangente dos termos de cooperação técnica descritos na Carta de Entendimento assinada com o Alto Comissariado da ONU nos próximos 30 dias, e ordenou que “o pessoal designado para este escritório deixe o país em nas próximas 72 horas”.