Omar Aziz

Aziz sugere e Pacheco pede ao STF lista de espionados pela Abin

“Pretendo oficiar ao STF para ter ciência de quais senadores foram clandestinamente monitorados”

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a lista dos que foram espionados pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Pretendo oficiar ao STF para ter ciência de quais senadores foram clandestinamente monitorados”, disse Pacheco ao blog de Andréia Sadi, do G1.

O senador Omar Aziz (PSD), coordenador da bancada do Amazonas no Congresso, cobrou de Pacheco que ele solicitasse a lista não só dos parlamentares espionados, mas todos os alvos como os ministros do STF.

“O presidente do Congresso Nacional tem obrigação de reivindicar essa lista. Já tem tempo suficiente para sair essa lista, já que são meses de investigação. Não dá para ficar nesta especulação em torno de alguns nomes”, disse o senador.

Na semana passada, o ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou uma operação de busca e apreensão contra o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, que é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

‘Exigir lista dos espionados pela Abin é obrigação de Pacheco’

“A Polícia Federal identificou a existência de uma organização criminosa, nos moldes do art. 2º da Lei nº 12.850/2013, com intuito de monitorar ilegalmente pessoas e autoridades públicas, invadindo aparelhos e computadores, além da infraestrutura de telefonia, e apontou a existência de diversos núcleos distintos dentro da organização criminosa, todos responsáveis pela execução das infrações penais”, disse Moraes na decisão.

As investigações trouxeram à tona que a Agência monitorou diversas autoridades e a uma promotora responsável pela investigação do caso Marielle Franco. Além disso, um relatório teria sido produzido para favorecer o senador Flávio Bolsonaro (PL) e de Renan Bolsonaro. A Abin é um órgão de Estado e não pode estar a serviços de interesses políticos.

“Os policiais federais destacados, sob a direção de Alexandre Ramagem, utilizaram das ferramentas e serviços da ABIN para serviços e contrainteligência ilícitos e para interferir em diversas investigações da Polícia Federal, como por exemplo, para tentar fazer prova a favor de Renan Bolsonaro, filho do então presidente Jair Bolsonaro”, diz o ministro.

Nesta segunda (29), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão contra pessoas do núcleo político que receberam informações da “Abin paralela” e um dos alvos foi o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do ex-presidente.

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