Alunos de curso internacional visitam UBS para conhecer ações de controle da tuberculose em Manaus
A Unidade Básica de Saúde (UBS) Leonor de Freitas, da Prefeitura de Manaus, recebeu, na última terça-feira, 16/1, a visita de cinco alunos do Curso Colaborativo de Campo em Saúde Pública Harvard-Brasil 2024, com o objetivo de conhecer as ações desenvolvidas na prevenção e controle da tuberculose. O grupo incluiu alunos do Brasil, Peru, Índia e Japão.
O curso é promovido pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard (Estados Unidos) e, em Manaus, conta com a parceria da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A programação na UBS Leonor de Freitas, localizada no bairro Compensa (zona Oeste), integrou a série de atividades que estão sendo desenvolvidas em Manaus com a participação de um grupo de 30 estudantes de pós-graduação, entre brasileiros e estrangeiros.
O chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, Alexandre Inomata, que conduziu a visita, explica que o grupo de estudantes está em Manaus desde o início de janeiro aprofundando o conhecimento sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a rede de saúde e os serviços que envolvem agravos como tuberculose, HIV/Aids, malária, além de sistemas de Informação em Saúde e nutrição.
“São estudantes com graduação em áreas da saúde com experiência em pesquisa que estão participando do curso, que é um curso internacional, e este ano está ocorrendo no município de Manaus. O grupo de 30 alunos foi dividido em vários grupos por área de interesse. No caso da atividade na UBS Leonor de Freitas, a proposta foi conhecer a realidade das ações desenvolvidas no Programa de Controle da Tuberculose e propor intervenções que possam contribuir para a melhoria do serviço”, informou Alexandre Bruce.
Durante a visita, os estudantes conversaram com profissionais da UBS que atuam na rotina de atendimento aos pacientes com tuberculose para entender o fluxo de atendimento, diagnóstico e tratamento, a busca ativa dos casos suspeitos, o manejo clínico e as dificuldades encontradas para o controle da tuberculose.
Integrando o grupo de estudantes, a médica Mariana Passos de Souza, residente de Medicina de Saúde da Família e Comunidade da Universidade de São Paulo, esclareceu que o curso promovido pela Universidade de Harvard tem como foco a habilidade na identificação de problemas e na formação para a elaboração de projetos, em que cada grupo fica responsável por buscar soluções de problemas em relação a uma temática, como é o caso do controle da tuberculose.
“O nosso grupo tenta pensar em soluções baseadas no que as pessoas já fazem e nas limitações que encontramos ao longo do caminho. Terminando o curso, a ideia é sempre, ou reforçar projetos já em andamento, que a gente percebe que fazem sentido e concorda, ou identificar problemas que não estão sendo abordados e tentar oferecer sugestões”, explicou Mariana Passos.
Para a diretora da UBS Leonor de Freitas, Fabiana Encarnação, a troca de informação e experiência entre os serviços de saúde e instituições de ensino são essenciais no avanço do controle da tuberculose no Brasil e no mundo. “Essa iniciativa é muito importante e a equipe de saúde está orgulhosa em poder colaborar com essa troca de experiências e buscar melhorias para a população”, afirmou a diretora.
A Unidade de Saúde, informou Fabiana Encarnação, acompanha atualmente o tratamento de 30 pacientes com tuberculose, além de realizar a avaliação e acompanhamento dos contatos, que são as pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com pacientes que receberam diagnóstico confirmado da doença, e que precisam ser examinados, incluindo principalmente membros da família que moram na mesma residência.
“A UBS atende uma grande demanda não só de moradores do bairro da Compensa ou da zona Oeste, mas de outras zonas de Manaus e de municípios como Iranduba, explicou a diretora. Ela informou que a unidade realiza a busca ativa de casos suspeitos de tuberculose entre os usuários que procuram os serviços de saúde, tendo uma meta mínima de captar, a cada mês, 32 pacientes com sintomas da doença para a realização do exame de escarro. “Nesse processo, identificamos entre quatro e cinco casos da doença por mês. Alguns pacientes ficam sendo acompanhados aqui e outros são encaminhados para atendimento em uma UBS mais próxima da residência, dependendo da preferência de cada um”, contou.
Iniciada no dia 3 de janeiro, a programação do curso colaborativo de campo será encerrada na sexta-feira, 19/1.
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Texto – Eurivânia Galúcio / Semsa
Fotos – Divulgação / Semsa