Escola Estadual da zona oeste realiza projeto “A Cor da Cultura” em homenagem ao mês da Consciência Negra
As turmas de 6º ao 9º ano realizaram apresentações de dança, teatro e música buscando retratar a história da diversidade do povo brasileiro
Em referência ao dia da Consciência Negra, celebrado no último dia 20 novembro e em busca de conscientizar os estudantes sobre religiões, cor e raça, os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, da Escola Estadual Cívico-Militar Fueth Paulo Mourão, localizada no bairro São Jorge, zona oeste de Manaus, realizaram, nesta sexta-feira (24/11), o projeto “A Cor da Cultura: Herança das Correntes”.
Dividido em duas etapas, sendo elas as apresentações nas salas e a performance cultural, o evento iniciou com as turmas de 8º e 9º anos e se estendeu para as turmas de 6º e 7º anos.
A diretora da EE Fueth Mourão, Márcia Fernanda Costa, ressaltou que o projeto já aconteceu em anos anteriores e tem objetivo de mostrar a importância de trabalhar a identidade e a diversidade brasileira com os estudantes.
“Todos estão muito empenhados nas aulas temáticas e em apresentar a parte pedagógica, histórica e cultural. O resultado disso tudo vai culminar em um grande espetáculo a ser apresentado pelos alunos envolvendo a diversidade brasileira”, explicou a diretora.
Da sala de aula para a quadra
A primeira parte da atividade aconteceu em 11 salas. Cada turma apresentou os aspectos culinários, tradicionais e históricos de diferentes povos.
O segundo momento foi a exibição do projeto “Herança das Correntes”, ocorrida na quadra da escola. Os estudantes encenaram na forma de teatro, música e dança desde a chegada dos povos europeus juntamente com os povos africanos até os dias atuais.
A professora de história e coordenadora do projeto, Ana Alice Brito, falou como conseguiu enxergar o esforço dos alunos, não apenas na apresentação das salas temáticas, mas também na ação na quadra. Ela explicou que trazer de volta esse projeto é extremamente importante, principalmente, para o povo brasileiro que é fruto da miscigenação de diversos povos.
“Os alunos realmente se comprometeram com o projeto, principalmente com a dança. Fazia um tempo que a escola não promovia um evento dessa magnitude. É um espetáculo muito bom e esperamos dar continuidade”, disse a professora.
O estudante Asafe Quinto, de 15 anos, do 9º ano, foi um dos alunos que se apresentou durante o espetáculo. A sua turma retratou a história do povo egípcio e Asafe falou sobre as pesquisas e trabalho intensos que ele e os colegas realizaram durante o mês de ensaio para a apresentação.
“Aproveitamos o máximo de tempo possível, passamos horas ensaiando. Eu dancei a cor da cultura, que é uma dança africana. Fizemos um espetáculo maravilhoso sobre os africanos, como eles eram prejudicados e como eles foram libertos”, explicou o aluno.
Para finalizar a exposição cultural, os estudantes soltaram balões coloridos, em frente à unidade de ensino.