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Cid não volta ao Exército e continua com tornozeleira, decide Moraes

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, rejeitou o pedido do tenente-coronel Mauro Cid, ligado a Bolsonaro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou um pedido do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, para retomar suas funções no Exército e ser dispensado do uso de tornozeleira eletrônica.

Em setembro, Moraes revogou a prisão preventiva de Cid e homologou um acordo de colaboração premiada fechado pelo militar com a Polícia Federal (PF), estabelecendo medidas cautelares como monitoramento eletrônico, proibição de contatar outros investigados e de utilizar redes sociais, além de afastamento de suas funções no Exército.

A defesa de Cid argumentou ao STF que o retorno ao Exército não comprometeria as investigações. Quanto ao monitoramento eletrônico, os advogados alegaram que Cid tem cooperado com a Justiça e que a medida já não seria necessária.

A última remuneração registrada de Cid é de julho, quando recebeu R$ 17,6 mil, com renda bruta de R$ 27 mil, conforme informações do Portal da Transparência.

Exército afasta Mauro Cid, o ex-ajudante de Bolsonaro

Na sua decisão, Moraes afirmou que as medidas cautelares permanecem necessárias e adequadas, uma vez que as investigações ainda estão em andamento.

Segundo o ministro, as diligências continuam em curso, tornando prematuro remover as restrições impostas ao investigado nesta fase da investigação.

Delação de Cid

A Polícia Federal aceitou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o blog da Andreia Saí, Cid deu depoimentos à PF nos últimos 20 dias. O Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre quais as condições para o acordo ser firmado. Além disso, a delação premiada só passa a valer após homologação (aval) do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda não há informações sobre qual será o foco da delação, isso porque Cid é investigado em mais de um caso. Segundo os investigadores, o ex-ajudante de ordens é suspeito de:

  • participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita;
  • tentar vender ilegalmente presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras em viagens oficiais;
  • participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e da filha de 12 anos do ex-presidente;
  • envolvimento nas tratativas sobre possível invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro.
  • envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.

Em 28 de agosto, Cid passou mais de 10 horas depondo na sede da PF, em Brasília, no âmbito da investigação que apura a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pelo hacker Walter Delgatti Neto, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro. Naquela altura, o acordo já vinha sendo negociado.

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