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“Justiça que vai decidir”, diz Lula sobre eventual prisão de Putin no Brasil; veja vídeo

Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (11) que caberá à Justiça brasileira decidir sobre uma eventual prisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin, caso ele venha ao Brasil em 2024 para participar da cúpula de líderes do G20, que será sediada no Rio. O chefe do Executivo brasileiro confirmou que convidará o russo para o evento.

Neste ano, Putin deixou de ir a reuniões internacionais por causa do risco de ser preso. O TPI (Tribunal Penal Internacional) emitiu em março de 2023 mandados de prisão contra ele e Maria Alekseyevna Lvova-Belova, comissária dos Direitos da Criança no Gabinete Presidencial russo, por suposto crime de guerra de deportação ilegal de crianças e transferência ilegal de crianças de áreas ocupadas da Ucrânia.

Em agosto, o presidente russo participou por videoconferência da cúpula dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizada na África do Sul, e se ausentou da cúpula de líderes do G20, realizada na Índia.

Em entrevista à jornalista Palki Sharma, do canal indiano Firstpost, que foi ao ar na tarde de sábado (9.set.2023), Lula afirmou que, se Putin viesse ao Brasil, não seria preso.

“A gente gosta de tratar as pessoas bem. Então, eu acho que o Putin pode ir tranquilamente ao Brasil. […] Eu posso lhe dizer que eu sou o presidente do Brasil. Se ele vier para o Brasil, não há por que ele ser preso”, declarou Lula na ocasião.

Nesta 2ª feira, porém, Lula tentou amenizar sua fala ao jogar para o Judiciário a decisão sobre a eventual detenção do líder russo. Por ser signatário do TPI, o governo brasileiro pode sofrer sanções se não prender Putin em território nacional.

O presidente conversou com jornalistas nesta 2ª feira pouco antes de embarcar de volta de Nova Délhi (Índia) para Brasília. Participou da cúpula de líderes do G20.

Na entrevista a jornalistas desta 2ª, Lula disse que irá “estudar” o motivo de o Brasil ser signatário do TPI.

“Eu não sei se a Justiça brasileira vai prender. Isso quem decide é a Justiça, não é o governo e nem o Parlamento. Eu quero estudar essa questão do Tribunal Penal porque os Estados Unidos não são signatários, a Rússia não é. Por que o Brasil virou signatário de um tribunal que os americanos não aceitam? […] São os países emergentes os signatários de umas coisas que prejudicam a eles mesmos”, declarou.

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