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Prefeitura prepara primeira visita in loco com grupo para o ‘Vivendo o Nosso Centro’ no próximo sábado, 12/8

Durante oito sábados, quatro horas em cada dia, estudantes, profissionais e sociedade em geral poderão ajudar a escrever parte da história do programa “Nosso Centro”, da Prefeitura de Manaus, participando das visitas in loco na área da Ilha de São Vicente, no Centro antigo, zona Sul.

Os trabalhos de educação patrimonial dentro do programa, batizado de “Vivendo o Nosso Centro”, tem um circuito de imersão e experiência por edificações, bens tombados, praças e ruas, em um tour montado por técnicos do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), com apoio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult).


A primeira visita acontecerá no próximo sábado, 12/8, para um grupo inscrito de até 25 pessoas, que fará o tour patrimonial, cultural e educativo em espaços da capital. As visitas vão ocorrer neste mês de agosto, em setembro, outubro e novembro. Para os interessados em participar do programa, a equipe da Gerência de Patrimônio Histórico (GPH) vai divulgar, até 10 dias antes de cada sábado, um link para inscrições, que serão gratuitas. Ao final de cada visita, os participantes vão receber um certificado de atividade extracurricular complementar.


Para o diretor do Museu da Cidade de Manaus (Muma), Leonardo Novellino, a iniciativa da prefeitura de levar a população a visitar esses locais, que estão passando por um processo de requalificação, é louvável e necessária. A Manauscult entra no projeto dando apoio à visitação especial ao Paço Municipal, que funciona de segunda a sexta-feira, de 9h às 16h20 (encerrando às 17h), mas que durante o “Vivendo o Nosso Centro” estará aberto exclusivamente para a condução cultural.


“Trata-se de uma condução cultural in situ, uma visita técnica, para que a população conheça e o poder público possa levar, pela educação de um profissional da área do patrimônio, a valorização dos nossos prédios antigos, das nossas ruas históricas, dos nossos logradouros tão manauaras, tão importantes. E lembrando que o centro histórico foi tombado pelo Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Esta é uma iniciativa importantíssima e que vai educar professores, guias de turismo, estudantes e a população em geral, que vai conhecer, se apoderar e valorizar o que de fato é deles”, comentou.

A prefeitura realiza atualmente três obras urbanísticas no Centro, que estão previstas para serem inauguradas em dezembro deste ano: mirante Lúcia Almeida, casarão Thiago de Mello e largo de São Vicente. O circuito passa pelos pontos de obras, mas antes, seu início acontece na praça Dom Pedro II, seguindo para o Museu da Cidade de Manaus, no paço da Liberdade, e rua Bernardo Ramos. O grupo segue para as primeiras intervenções do “Nosso Centro”, com uma passagem pela travessa Carolina. O circuito finaliza com uma ida ao Palácio Rio Branco.


Em todos os pontos haverá contextualização histórica e arquitetônica com ênfase nos estilos e tipologias e, no caso das intervenções em curso pela prefeitura, a ênfase será no tipo de construção e adaptação ao novo uso.


A ideia é realizar o projeto de educação urbana patrimonial para grupos da sociedade civil e acadêmicos, tendo acompanhamento de técnicos e profissionais do Implurb e secretarias convidadas e envolvidas, com o suporte da Comissão Técnica para Implementação e Revitalização do Centro Histórico de Manaus.


“A educação patrimonial e o fato de estarmos convidando a sociedade em geral a conhecer, enquanto estamos em execução das obras, tem o valor não só do pertencimento, mas é uma oportunidade para os profissionais da área, para aqueles que estão em formação e têm interesse no assunto, terem um contato, o equilíbrio entre teoria e a prática. Nos espaços públicos, a conservação, valorização e preservação do patrimônio urbano existente é essencial. O nosso conjunto arquitetônico é um marco atrativo e oferece funções de transitar, entreter, comercializar, morar e ter essa vida em um local de memória da cidade, tornando-o parte do cenário cotidiano”, comentou a gerente do GPH, arquiteta e urbanista Melissa Toledo.


A educação patrimonial é um processo sistemático como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo, que busca levar à sociedade em geral, crianças, adolescentes e adultos, a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança. Esse processo conduz ao reforço da autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura, compreendida como múltipla e plural.


Território


A revitalização, requalificação e regeneração do Centro Histórico de Manaus tem como foco o melhor aproveitamento da região central, local que guarda valorosa riqueza cultural e patrimonial. O “Nosso Centro” visa o resgate econômico da área, envolvendo ações de economia, turismo, história, empreendedorismo, cultura, arte e habitação.

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Texto – Cláudia do Valle / Implurb

Foto – Divulgação / Semcom

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