Eduardo Leite move ação contra Jean Wyllys por homofobia
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), entrou com uma representação no MP contra o ex-deputado federal Jean Wyllys por homofobia.
O pedido foi protocolado pelo tucano após uma discussão dele com o ex-deputado no Twitter. Wyllys chamou o governador gaúcho de “gay com homofobia internalizada” ao criticá-lo após anúncio de que ele manteria o sistema de ensino cívico-militar no Rio Grande do Sul. A decisão de Leite contraria o Ministério da Educação.
Ao rebater o ex-deputado, Leite disse que a manifestação era “deprimente”. “Manifestação deprimente e cheia de preconceitos em incontáveis direções e que em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância. Jean Wyllys, eu lamento a sua ignorância”, respondeu o gaúcho.
Na representação, o governador diz que a postagem de Wyllys “desbordou” os limites da liberdade de expressão. A atitude “ofende o decoro e a dignidade de sua pessoa, mas também da função exercida pelo chefe do Poder Executivo estadual, pois a declaração pretende associar sua orientação sexual às decisões de governo”, afirmou Leite.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa de Wyllys disse não ter conhecimento dessa representação. A reportagem entrou em contato com o advogado dele. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado.
Ele passou quatro anos morando no exterior devido a ameaças de morte que sofreu. Embora tenha sido reeleito para o seu terceiro mandato, em janeiro de 2019, nas primeiras semanas do governo de Jair Bolsonaro (PL), ele desistiu de tomar posse.
A nomeação prometida seria assessor no planejamento de comunicação do governo, para trabalhar diretamente com o ministro da pasta, Paulo Pimenta.