Polícia

Militares de alta patente recebiam propina para beneficiar garimpo ilegal no AM, diz PF

A operação investiga crimes contra o meio ambiente e a União, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.

A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta terça-feira (27), uma operação de combate ao garimpo ilegal em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Ponta Grossa (PR), onde mora um dos alvos. A investigação descobriu que militares de alta patente recebiam propina de empresa de exportação de ouro para beneficiar garimpo ilegal em Japurá, no Amazonas, repassando informações antecipadas sobre operações que seriam deflagradas no estado.

Um tenente-coronel do exército, que não teve o nome divulgado, lotado em Manaus, é alvo da ação suspeito de receber propina para vazar informações de operações policiais para garimpeiros que atuam na floresta amazônica. A esposa dele também está envolvida. Além dele, outros militares são investigado por participação no crime.

De acordo com a PF, o militar recebia uma mesada dos garimpeiros que atuam em Japurá, para repassar informações sobre as operações policiais na área. O dinheiro era depositado na conta da empresa de sua esposa. Ele foi preso em Ponta Grossa, no Paraná, onde mora atualmente. 

Foi identificado um militar que passava informações para a organização criminosa. Informações de operações policiais que eram realizadas na Amazônia, o militar era lotado na época aqui no Amazonas. Esse tipo de conduta coloca em risco tanto militares, quanto órgãos como a Polícia Federal e outros órgãos que atuam no combate a crimes ambientais”, disse o delegado da PF, Sávio Pinzon, em coletiva de imprensa.

A operação investiga crimes contra o meio ambiente e a União, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. As irregularidades de garimpo ilegal, apuradas de 2020 a 2023, acontecem em Japurá (AM), conforme a polícia. A investigação está sob segredo de Justiça.

A PF não divulgou os nomes dos alvos da operação e nem o valor que a organização movimentou ao longo destes dois anos, mas afirmou que a esposa do militar está foragida.

As equipes cumprem três mandados de prisão – Dois em Manaus e um em Porto Velho – e oito de busca e apreensão. De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de usurpação de patrimônio da união, extração irregular de minério e dano ambiental.

FONTE: AM POST

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