Polícia

Polícia e família creem que crime do motel foi premeditado

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de crime premeditado para o feminicídio que vitimou Rayana Rocha Thomas, de 25 anos, morta com 22 duas facadas na noite de segunda-feira (12), dentro de uma suíte de um motel localizado no bairro da Pedreira, em Belém.

O principal suspeito do crime foi identificado como Samuel Ferreira da Silva, de 35 anos, que seria o acompanhante da jovem naquela noite do Dia dos Namorados, e que teria tentado se matar ao ver a jovem gravemente ferida na cama do motel.

O que seria uma “noite de amor” se transformou em “noite do terror” para a jovem, que aceitou o convite do namorado para aproveitarem aquele dia em um encontro íntimo. De acordo com as informações, o casal chegou ao motel logo depois das 20h, com o suspeito dirigindo um táxi. Pelas imagens, ambos apresentavam descontração e logo pediram uma suíte. Depois de uma hora, os funcionários da casa ouviram gritos e, ao verificarem o que tinha acontecido, encontraram Rayana Rocha Thomas em uma poça de sangue, enquanto Samuel Ferreira da Silva se mutilava, utilizando a faca peixeira.

Como estava com vida, a gerência acionou primeiro o Samu 192 e em seguida a Polícia Militar, através do 1º Batalhão, que assumiu a ocorrência enquanto o rapaz era atendido e encaminhado ferido nos pulsos e peito para o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.

Funcionários do motel identificaram que a arma usada no crime, uma faca peixeira, não pertencia ao motel e sim ao autor do crime, que possivelmente já havia premeditado o assassinato da acompanhante.

Informações divulgadas ontem (13) dão conta que a vítima estava recém-separada e tinha dois filhos. O suspeito também estava separado e as famílias não tinham conhecimento do envolvimento deles.

Vizinhos do motel ouviram os gritos e se aproximaram da portaria do local, comunicando o fato ao vigia, que acionou a Polícia Militar e o Samu 192, que atestou a morte de Rayana Rocha e o ferimento em Samuel Ferreira, um mecânico morador do bairro da Pedreira.

A Polícia Científica do Pará, através da uma equipe chefiada pela perita criminal Virginia Paiva, analisou a cena do crime encontrando como evidência a faca usada no homicídio e contabilizou 22 lesões graves em diversas partes do corpo, inclusive na região do coração.

A perita Virginia Paiva confirmou que as evidências encontradas eram típicas de luta corporal. O autor do crime foi autuado em flagrante por feminicídio e se encontra custodiado no Hospital Metropolitano pela Seap e, tão logo receba alta, vai prestar depoimento à Polícia Civil.

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