Arthur Virgílio Neto diz que Lula indicar Zanin para vaga no STF é ‘ilegítimo’
O ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto classificou, em entrevista exclusiva o Portal AM POST, como ilegítimo o presidente da República, Lula (PT), indicar o seu advogado Cristiano Zanin,47 anos, para vaga deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Avalio como um gesto ilegítimo, porque para ser membro do Supremo há três requisitos fundamentais: ter pelo menos 35 anos completos, segundo ter ilibada reputação e o Zanin foi investigado pela própria Lava-Jato, se não me engano, e por outro lado o princípio da impessoalidade, artigo 37 da constituição, foi desrespeitado esse princípio porque o próprio Lula, do jeito que ele está hoje com cógnito, com o raciocínio bastante empanado, ele diz assim: ‘não nomeio só porque é meu amigo, nomeio também porque será um grande ministro’. Ele não tem que nomear amigo para lá, não acho que será um grande ministro, acho que ele nomeia porque terá um servidor lá“, disse.
Cristiano Zanin atuou na defesa de Lula durante os processos da Operação Lava Jato. Arthur disse que o advogado usou, na época, argumento de que estavam praticando ‘lawfare’ contra Lula que, para ele, é a mesa coisa que o petista estava fazendo com seus adversários agora que está no poder como o jurista, Deltan Dallagnol, que teve o mandato de deputado federal cassado.
“O Zanin disse que estavam praticando contra o Lula o lawfare, que é a perseguição ao adversário a brutalidade, e o governo não faz outra coisa a não ser praticar o lawfare. Ele se vinga do Dallagnol, se vinga do Moro, ele está se carcomendo pelo ódio. O ódio está fazendo mal a ele, ao raciocino dele, a esperteza que ele tinha antes, que hoje ele não tem, está lento demais”, declarou Arthur ao AM POST.
Introduzida com a combinação das palavras “law” (direito) e “warfare” (guerra) na década de 1970, a expressão “lawfare” ganhou sua dimensão militar em 2001 com o general Charles Dunlap Jr., da Força Aérea dos EUA. A prática foi definida como “a estratégia de utilizar ou mal utilizar a lei em substituição aos meios militares tradicionais para se alcançar um objetivo operacional”.
Para além das trincheiras, a expressão também define o uso do sistema jurídico como parte de uma estratégia contra adversários — ou seja, o uso das leis como uma arma política.
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