Especialista alerta para doenças da garganta em Belém
É comum que muitas pessoas, com algum incômodo na garganta, acabem deixando de lado os sintomas e negligenciem os cuidados na busca por um profissional. Como algumas alterações nessa região podem ser sintomas de doenças relacionadas à faringe e a laringe, a Polínica Metropolitana do Pará, em Belém, esclarece algumas dúvidas sobre o assunto.
O coordenador do serviço de otorrinolaringologia da Poli Metropolitana, Guilherme Machado, destaca que as doenças relacionadas à garganta geralmente são as faringites de origem viral ou bacteriana. Dentro desses dois grupos ainda ocorrem outros fatores, como causas alérgicas.
O especialista ressalta que é importante saber diagnosticar, diferenciar e tratar. “Os quadros virais são autolimitados, ocasionado de picos febris com características irritativas. Já os quadros bacterianos, geralmente, vêm acompanhados de secreções ou aquelas placas amareladas na faringe, sendo mais comuns nos quadros de amigdalite”, explicou.
Outro ponto que o otorrino esclarece é que o termo faringite é bastante amplo. A garganta se estende até a laringe, que é a região mais posterior da nossa via aérea superior. Então, na laringe, pode ocorrer o quadro de comprometimento da corda vocal, rouquidão, desconforto ao engolir.
Cuidados com a garganta – O profissional enfatiza que a maioria dos problemas de garganta envolvem os processos infecciosos e alérgicos.
“Então, sempre batemos na tecla do fator imunológico. Ter a imunidade bem reforçada, manter a hidratação, e se apresentar histórico de fatores alérgicos, sempre realizar acompanhamento e controle, pois os quadros de alergia necessitam desse controle. Temos os casos das amigdalites caseosas, em que existem restos de alimentos dentro da amígdala. Vale ressaltar que a higiene entra dentro desses aspectos”, alertou.
Tratamento caseiro – “Como nós temos o fator imunológico associado dentro dos recursos caseiros, geralmente as medicações são naturais. Em algumas, nós vemos resultados satisfatórios, porém, dependendo da situação é necessário fazer um suporte com as medicações necessárias, como antibióticos nos casos bacterianos. As mediações caseiras surtem mais efeitos nos sintomas, não no tratamento em si”, ponderou o otorrino.
Atenção aos períodos chuvosos – Na Policlínica Metropolitana, dependendo da época do ano, como por exemplo nos períodos chuvosos, encontram-se muitos quadros de etiologia viral, sendo bastante comum principalmente em crianças, devido ao processo de amadurecimento do sistema imunológico não estar totalmente completo. Em alguns casos evolui também para quadros bacterianos, como as amigdalites bacterianas e algumas crianças evoluem até para cirurgia.
“Ao longo do ano nos deparamos mais com faringites virais, mas durante os períodos chuvosos é quando observamos as infecções em maior proporção. E as crianças são praticamente o ‘público-alvo’ devido aos processos imunológicos. Ao apresentar o quadro de infecção, algumas delas evoluíram para o quadro bacteriano e tem o crescimento das amígdalas, e outras até para cirurgia pelo quadro crônico”, frisou o especialista.
Já um diagnóstico bastante comum no caso dos adultos na região da laringe é o refluxo faringo-laringo. “Neste caso, é o ácido do esôfago em contato muito próximo com a laringe, isso também acaba provocando irritação e inflamação frequente; nesta situação é preciso abordar o tratamento lá embaixo, no esôfago, para tratar aqui na parte superior. Quando isso ocorre, lançamos mão do exame de videolaringoscopia. Observamos mais nos adultos devido aos hábitos alimentares e condições anatômicas”, detalhou o profissional.
Perfil – “Para cuidar das alterações na garganta da população paraense, nossa unidade dispõe de profissionais especializados para detectar os sinais e os sintomas e solicitar os principais exames. Ainda para complementar e dar suporte aos diagnósticos do serviço de otorrinolaringologia, dispomos de avaliação auditiva e a videolaringoscopia, que são exames fundamentais”, observou o diretor executivo da Poli Metropolitana.
Atualmente a Policlínica Metropolitana dispõe de 21 especialidades médicas e quatro não médicas e conta com 52 consultórios e 10 salas de recepção, que têm capacidade para 350 pessoas em espera de atendimento, simultaneamente.
Serviço:
A Poli Metropolitana não é porta-aberta, ou seja, o usuário deve agendar o serviço antes de procurar a unidade. Os exames e consultas são agendados, por meios eletrônicos. Os canais são o WhatsApp (91) 98521.5110 ou o e-mail: [email protected]*
Como funciona: Pelo WhatsApp, a ferramenta o direciona para o canal correto de atendimento, através da digitação de um número correspondente ao serviço desejado. É necessário ter em mãos os documentos de identificação, o cartão do SUS e o comprovante de residência.