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Nova casa da Capivara Filó é um verdadeiro chiqueiro e já abriga outros 108 animais amontoados

Amazonas – A capivara Filó, que se tornou conhecida nas redes sociais após ser criada como animal de estimação em uma fazenda no município de Autazes, a 111 quilômetros de Manaus, foi transferida para o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama na capital amazonense. A transferência ocorreu após negociação com o fazendeiro que a mantinha em cativeiro, Agenor Tupinambá, que foi multado em R$ 17 mil pelo instituto por supostos maus tratos, abuso e exploração da imagem de animais silvestres.

No entanto, o local não parece ser as “mil maravilhas”. Em 2021, quando os espaço estava com 80 animais, um número considerado na época “muito grande” para o local,  o Fauna News denunciou que o espaço já estava “lotado” e com algumas espécies “amontoadas” em seus recintos.

Atualmente, a realidade não parece melhor. No Cetas, seis tratadores se revezam em trios para cuidar dos 108 animais, entre mamíferos, répteis e aves, além de dois servidores concursados e dois apoios administrativos. Segundo o Ibama, o centro tem 11 recintos e gaiolas para abrigar mais de 100 espécies diferentes que a unidade recebe anualmente, e a capacidade de suporte para a manutenção dos animais varia conforme as espécies e a quantidade de espécimes de cada uma delas que são recebidos.

É uma realidade preocupante, visto que ainda hoje, o Cetas-AM continua sendo o único local administrado pelo Ibama para receber animais silvestres em funcionamento na capital do Amazonas.

O instituto alerta que a exposição de espécimes silvestres como animais de estimação nas redes sociais estimula o tráfico de espécies da fauna brasileira e é um crime manter animais silvestres irregularmente. A transferência da capivara Filó para o Cetas foi motivo de controvérsia e recebeu apoio de advogados, políticos, defensores da causa animal e milhares de seguidores nas redes sociais que o fazendeiro ganhou após mostrar a rotina com a capivara em seu ambiente natural.

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