Instabilidade de Braga faz núcleo petista hesitar em tê-lo como relator da CPMI
A composição da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai apurar possíveis responsáveis sobre os episódios ocorridos em 8 de janeiro deve ser anunciada nos próximos dias.
Enquanto isso, os partidos e blocos partidários já começam a levantar alguns nomes para que a tríade principal – presidente, vice e relato – seja apresentada aos demais parlamentares e cidadãos.
O nome do senador Eduardo Braga (MDB) foi levantado pela legenda. No entanto, seu perfil instável enquanto situação/oposição tem sido um dos principais entraves para que o nome de Braga seja unanimidade -ou pelo menos maioria – entre os núcleo petista.
Um parlamentar governista chegou a revelar que eles veem Braga como um perfil político “mais dado a acordos e concessões” e que isso pode trazer dificuldade no enfrentamento à oposição durante os 180 dias de investigação da CPMI.
Apesar de ter ‘abraçado’ a campanha do presidente Lula (PT) em 2022 desde o início, alguns governistas viram a atitude do senador como a única alternativa para se manter no game onde também era colocado como candidato e concorria, diretamente, com um dos fortes aliados do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Wilson Lima (União Brasil).
Antes disso, Braga se mantinha numa postura mais diplomática, inclusive parabenizando o ex-presidente por feitos que, quase dois anos depois, sequer saíram de um mero anúncio nas redes sociais, como a a construção de trecho rodoviário da BR-319, na divisa do Amazonas com Rondônia.
Da Redação O Poder