No IML, mãe de menina morta em tiroteio no RJ chora com o urso da filha no colo

Thamires de Assis dos Santos, mãe de Ester de Assis Oliveira, a menina de 9 anos que morreu após ser baleada durante um confronto entre bandidos em Madureira, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira (5), levou um urso de pelúcia da filha ao Instituto Médico-Legal (IML) para o reconhecimento e liberação do corpo, na manhã desta quinta (6).

Enquanto aguardava os trâmites, Thamires chorava num banco da recepção com o bichinho no colo. “Meu Deus, por que isso?! “A minha menininha, a minha menininha. Eu perdi a minha menininha. Ôh meu Deus, eu perdi a minha menininha”, dizia a todo tempo.

Coube a Thamires reconhecer o corpo da filha. Pouco depois das 12h30, ela deixou o IML.

Uma moradora contou que a menina havia acabado de sair da Escola Municipal Astolfo Rezende e estava indo para casa acompanhada de uma tia. Na Rua Piraquê, foi atingida. Na escola, a criança participou de um lanche coletivo devido à Páscoa, com brincadeiras e a visita de um coelhinho.

Baleada, a criança foi levada pela mãe para a UPA de Irajá, de onde foi transferida para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas a menina não resistiu.

Segundo as investigações, o confronto foi entre criminosos da Serrinha e do Cajueiro.

Entregador morto

Também foi morto o entregador de gás João Vitor Pereira Brander, 19 anos. Uma testemunha disse que traficantes atiraram nele do nada.

“Estávamos na rua, e ele estava tirando a hora de almoço. Os caras da Serrinha chegaram atirando em todo mundo. Ele estava no portão, e eles deram um tiro nele. Balearam a criança e duas senhoras que estavam na rua”, descreveu.

Outra ferida identificada no confronto era Glaucy Custódio Vieira, de 48 anos. Ela foi internada, mas não corre risco de vida. No total, cinco pessoas foram atingidas.

O policiamento foi reforçado na região dos morros da Serrinha, da Congonha e do Cajueiro.

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) está dando apoio as famílias.

Fonte G1 Noticias

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