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Juíza afirma que há indícios “mais do que suficientes” para acusar Daniel Alves de estupro

Para a juíza Anna Marín, responsável pela acusação de estupro contra o jogador de futebol Daniel Alves em Barcelona, na Espanha, afirmou em documento oficial de há “indícios muito mais do que suficientes” para afirmar que houve o crime sexual no banheiro da boate Sutton. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (2) no jornal espanhol El Periódico.

O documento em questão faz parte do pedido de prisão preventiva do jogador. Nele a juíza diz que apesar dos indícios as investigações ainda estão em andamento. Para a defesa do milionário atleta, tanto a juíza como a polícia estariam agindo de forma tendenciosa no caso. A polícia estaria fazendo uma investigação direcionada para punir o jogador a qualquer custo, enquanto a juíza receberia as informações da investigações de forma acrítica e pouco cuidadosa.

Mas a verdade é que a vítima, uma jovem espanhola de 23 anos, que havia bebido pouco ou nada naquela noite de 30 de dezembro, tem todo o transcurso dos acontecimentos com clareza na cabeça. Contou em detalhes o ocorrido na mesma data para policiais e seguranças exatamente da mesma maneira como relatou os acontecimentos para a juíza dias depois. Já Daniel Alves deu versões diferentes à imprensa, aos policiais e para a própria juíza do caso.

De acordo com depoimento da vítima, quando Daniel Alves lhe fez um sinal para entrar no banheiro, ela achou que estava sendo convidada uma outra área VIP da discoteca. A Sutton é conhecida por abrigar festas da alta classe barcelonesa, o que inclui jogadores de futebol e artistas locais. A mulher contou que após entrar no local, Daniel fechou a porta. Foi quando percebeu que estaria trancada com o agressor.

“Eu disse que queria ir embora e ele respondeu que não podia sair de lá (…) Me agarrou pela nuca, não sei se também pelos cabelos, e me jogou no chão. Machuquei o joelho”, declarou para os investigadores.

Ela conta que em seguida Dani Alves a forçou a fazer sexo oral. Ela tentou resistir, mas o jogador era “muito mais forte” e passou a agredi-la. “Ficou me batendo na cara por um tempo, senti como se estivesse me afogando, não porque estivesse me apertando, mas pela angústia”. Após o ato consumado, o jogador se afastou da vítima para vestir-se. Nesse momento ela tentou sair do local mas foi impedida. “Ele me disse: ‘Você não vai sair daqui, eu saio primeiro”.

Daniel Alves está preso desde o último dia 20 de janeiro. Foi levado inicialmente para o Complexo Penitenciário Brians 1 mas dias dias depois foi transferido para o Brians 2, menos lotado e com mais possibilidade de segurança. Desde então, o principal objetivo da sua defesa é fazer com que responda ao processo em liberdade.

*Com informações do Metrópoles.

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