Polícia

Menina de 2 anos é brutalmente espancada, abusada e morta por mãe e padrasto; guarda foi negada ao pai

No último final de semana, uma menina de 2 anos chamada Sophia foi sepultada em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul após chegar morta à unidade de Pronto Atendimento (UPA) na última quinta-feira, 26.

A polícia identificou sinais de espancamento e abuso sexual cometidos pelo padrasto da menina com o consentimento da mãe. De acordo com o delegado do caso, Pedro Cunha, a criança tinha muitos hematomas pelo corpo. Os médicos constataram que o óbito havia ocorrido cerca de quatro horas antes.

O pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, já tinha pedido a guarda da menina antes do crime. De acordo com a Polícia Civil, o pai da criança realizou duas denúncias de maus-tratos em 2022 e ambos os inquéritos policiais foram concluídos e encaminhados ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). “O pai da criança já tinha registrado dois boletins de ocorrência de maus-tratos. Em novembro e em março do ano passado, ambos já haviam sido concluídos, e encaminhados ao Poder Judiciário”, afirma a delegada Anne Karine Trevisan.

Igor de Andrade, companheiro do pai da vítima, relatou que eles tentaram conseguir a guarda da criança, mas um dos impedimentos seria a homofobia por parte da mãe da criança: “Ela dizia que não deixaria a filha com dois homens”, contou. O parceiro ainda relatou que as visitas à menina só foram possíveis após o pai da criança entrar na Justiça e, assim mesmo, só via a filha do jeito que a mãe determinava.

A casa onde a menina Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, morava e foi morta está em estado insalubre e cheia de lixo. A residência está em situação de abandono, com roupas penduradas no varal, brinquedos jogados no chão e fezes de animais espalhadas pela varanda.

A mãe, Stephanie de Jesus Dada Silva, e o padrasto, Christian Campoçano Leitheim, foram presos em flagrante na quinta-feira, 26, pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil.

Já neste sábado, 28, o juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, converteu, durante audiência de custódia, a prisão dos suspeitos de temporária em preventiva.

O padrasto foi levado para a Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira. A mãe foi transferida para um presídio no interior do estado, por motivos de segurança.

Com informações do G1

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