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Governo Lula adota pronome neutro em eventos oficiais e gera polêmica; entenda

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A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e cerimonialistas usaram a palavra ‘todes’ em cerimônias ao longo desta primeira semana do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar do uso de ‘todes’, a atual ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), foi coautora de um projeto de lei que busca vedar a utilização de linguagem neutra por escolas públicas e privadas em sua gestão como deputada federal, o que gerou desconforto nos bastidores do Governo Federal.

Oficialmente, “Todes” não faz parte das normas oficiais da língua portuguesa, mas a palavra vem sendo utilizada como um pronome neutro para se dirigir a pessoas não binárias, que não se identificam exclusivamente com o gênero masculino ou com o gênero feminino. O público LGBTQIA+ incentiva o uso do termo como forma de inclusão, mas esta não é a primeira vez que ele já foi utilizado. O pronome “todes” já foi utilizado em post no Twitter pelo Museu da Língua Portuguesa, em 2021. Porém, no mesmo ano, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a proibir o uso da linguagem neutra em projetos financiados pela Lei Rouanet.

O projeto de lei contra a linguagem neutra apoiado por Daniela Carneiro foi originalmente apresentado pela deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC) em agosto de 2021 e, então, recebeu o apoio oficial da atual ministra, então deputada, como coautora. O texto propõe que “fica vedada às escolas públicas e privadas a utilização de linguagem neutra em todos os seus materiais didáticos e documentos oficiais”.

“Faz parte da riqueza e exatidão de nossa língua que a flexão de gênero se estruture dessa forma, expressando perfeitamente os dois gêneros biológicos. Nos plurais, a forma masculina cumpre o papel de englobar feminino e masculino – algo que não é exclusividade do português e que todo brasileiro é capaz de entender desde muito cedo”, diz trecho da justificativa do projeto, que diz também que “Entretanto, recentemente, alguns grupos da sociedade passaram a tentar instituir a chamada ‘linguagem neutra’, inventando palavras que seriam classificadas como de gênero neutro. Trata-se de uma deturpação da Língua Portuguesa que, para nossa surpresa, tem sido utilizada por algumas poucas escolas em seus documentos e até mesmo na comunicação com os alunos”, afirma outra parte.

“Ora, uma língua é adquirida, é aprendida, não é inventada; e não é aceitável que essa ilegítima invenção seja reproduzida justamente no local onde os estudantes deveriam aprender a utilizar a Língua Portuguesa de acordo com as regras gramaticais. Para proteger os estudantes brasileiros e evitar tal afronta ao papel do ensino escolar, apresentamos o presente Projeto de Lei, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional para vedar a utilização de linguagem neutra em escolas públicas e privadas de todas as etapas de ensino”, conclui.

Com informações da CNN Brasil

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