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Promessas de Tarcísio de Freitas deixam AM em alerta

Das 124 promessas que o futuro governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), fez em campanha eleitoral, duas merecem atenção do Amazonas.

Executadas, eles podem mexer com a competitividade de produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus (PIM). E, assim, consequentemente, com a economia do Amazonas.

As promessas foram:

1 – Implementar reforma tributária, com revisão da política de substituição tributária e ICMS do estado (SP), promovendo o uso adequado da política de incentivos;

2 – Estabelecer mecanismos para atração de empresas de base tecnológica incluindo startups, e criar polo tecnologia.

Incentivos fiscais

No primeiro caso, a atenção deve ser total. Se Tarcísio de Freitas ampliar incentivos, poderá atrair investimentos que estão e que poderiam vir para o PIM. São Paulo é o maior centro consumidor do país.

Se ele adotar o viés de economia liberal, herdado de sua passagem pelo governo Bolsonaro, a tendência é que o futuro governo paulista reduza o incentivo tributário.

Se oferecer vantagens fiscais, aí estará o perigo.

São Paulo mexeu na sua política fiscal não faz tempo. Foi na gestão do ex-governador João Dória e o resultado para São Paulo não foi bom.

De pronto, por exemplo, a indústria paulista perdeu linhas de produção de monitores, notebooks e desktops. Foi quando a LG anunciou migração desse setor para o Polo Industrial de Manaus.

O Amazonas até havia ensaiado seguir a linha de Dória, mas o caminho tomado pela LG fez o governador Wilson Lima seguir o caminho contrário. E ganhou mais.

Migração de linhas de produção da LG de SP ao AM é oportunidade maior

A resposta do Amazonas saiu no fim do ano passado, quando o Estado antecipou a decisão de prorrogar por mais dez anos sua lei de incentivos fiscais.

Assim, atraiu as empresas que estavam deixando São Paulo com as medidas fiscais de Dória.

Empresas de base tecnológica

Essa segunda proposta de Tarcísio de Freitas mexe com a ZFM porque é um sigmento que as empresas e a Suframa passaram a dar importância nos últimos anos.

Essa atenção leva em conta a verba que a ZFM tem destinada ao setor. O dinheiro é proveniente do P&D, que já caminha para um fundo de cerca de R$ 2 bilhões. No ano passado, por exemplo, a verba foi de R$ 1,6 bilhão. Mas o faturamento do PIM deve saltar mais R$ 15 bilhões este ano.

Assim, o que se desenha é uma batalha entre paulistas e amazonenses, que não podem perder de vista essa mobilizaçãlo do Sudeste.

Foto: Alberto Ruy/MInfra

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