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Hapvida está em risco de quebrar

A Hapvida, maior plano de saúde do Brasil, está em vias de quebrar. A empresa está sem capacidade de pagar suas próprias contas e poderá ser obrigada a encerrar suas atividades.

É o que diz matéria publicada este mês pelo site do jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com a publicação, a empresa apresenta 28% de probabilidade de não conseguir pagar os próprios custos.

A possibilidade, segundo o Estadão, foi identificada em um levantamento realizado pela Economatica, junto à bolsa de Valores de São Paulo.

“O cálculo da Economatica foi feito por uma fórmula que inclui valores do capital circulante líquido, ativos totais, reservas de lucro, Ebit (lucro antes de juros e imposto de renda), patrimônio líquido e ativos passivos”, diz a publicação.

O resultado dessa avaliação foi encontrar cinco empresas com risco de quebra: a Gol, com 55% de chance de insolvência; a Azul, 42%; a CVC, 37%; a TIM, 30%; e a Hapvida, com 28%.

Repercussão no Amazonas

A informação mexe com o Amazonas. Isso porque a Hapvida, hoje, é o maior plano de saúde do estado, por causa das contas públicas que adquiriu nos últimos anos.

Atualmente, no Estado, são mais de 200 mil clientes.

Deputado denuncia Hapvida por não cumprir contrato no Amazonas

O que diz a empresa

BNC Amazonas recebeu da assessoria da Hapvida o pedido de inclusão de um texto como resposta à matéria publicada pelo Estadão. Reproduzimos essa nota a seguir, na íntegra:

A alavancagem e outros indicadores operacionais, financeiros e de solvência da Hapvida NotreDame Intermédica são monitorados constantemente pela agência de rating Fitch, uma das mais conceituadas do mercado global. Todas as emissões de dívida feitas pela empresa receberam da Fitch a classificação de grau máximo de investimento (AAA ou Investment Grade).

O mercado financeiro local e mundial observa níveis de alavancagem de empresas de forma padronizada seguindo conceitos já pacificados há décadas. O principal indicador é a razão entre a dívida líquida da companhia e sua geração de caixa operacional (sendo o Ebitda uma referência dessa geração de caixa) dos últimos 12 meses. Quanto menor esse índice, melhor a situação da companhia.

Ao fim do terceiro trimestre de 2022, esse indicador para a Hapvida era de 2,2 vezes, número considerado absolutamente saudável pelo mercado. Tal índice vem, inclusive, apresentando melhoria trimestre após trimestre. A empresa desconhece a metodologia usada pelo estudo que serviu de base para a reportagem e ressalta que ao final do terceiro trimestre de 2022 possuía mais de R$ 4,88 bilhões em caixa.

BNC

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