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Guerra pela presidência da Câmara de Manacapuru, grupo independente liderado por Thuco Benicio está vencendo quebra de braço contra o Prefeito Beto D’ângelo

A menos de 24 horas da votação, a disputa pela sucessão na presidência da Câmara Municipal de Manacapuru, (CMM) expõe o acirramento entre membros ligados ao Prefeito Beto Dângelo, e vereadores que integram o núcleo independente daquela casa.

Os dois grupos, indicaram seus representantes para ocupar o cargo, e as tratativas de bastidores ocorrem em modo acelerado, dando continuidade ao antagonismo entre os dois grupos que, nas últimas eleições, romperam.

Nas últimas horas, a disputa interna passou a ser permeada de perseguições e interferências do presidente daquela casa, vereador Sásá, que chegou ao ponto de pedir a cassação da vereadora Lindynês (União Brasil) alegando que a vereadora, deixou de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à terça parte das sessões da Câmara”.

Perseguição

A vereadora , Lindynês disse que já entrou judicialmente com pedido de mandado de segurança contra a decisão. Ela tratou a cassação como “perseguição política” e afirmou que o processo foi manipulado pela base do prefeito devido às denúncias feitas por ela.

“Eles já estavam falando que se eu não acompanhasse e votasse conforme a orientação deles, iriam cassar o meu mandato, então, eles manipularam o processo e me cassaram sem motivo. Já está na Justiça”, afirmou.

A vereadora, também afirma que o processo foi ilegal. “Fizeram uma acusação leviana de faltas nas sessões, sendo que eu estava afastada para acompanhar os problemas de saúde da minha avó (que infelizmente faleceu) durante o COVID, tenho inclusive documento do médico que atesta o meu acompanhamento”. É um processo de cassação totalmente ilegal”.

Existem vários vícios nesse processo. A começar pelo impedimento do julgamento no Plenário e a consequente cassação do meu mandato! Tais questões serão objeto de procedimento judicial perante o TJAM, onde acredito que as irregularidades serão sanadas com a anulação da cassação e restituição da minha função!” O grupo do vereador Sásá está comemorando, mas eles podem ter certeza, essa decisão é temporária e provisória, vai durar apenas o tempo necessário para que o Judiciário corrija a maior injustiça que este plenário já cometeu.

Eu só peço que Deus perdoe seus corações rancorosos, para que ainda possam aprender com tudo isso”, concluiu.

Preferido do prefeito

O indicado do prefeito Beto Dângelo e que tem apoio do atual presidente vereador Sásá, é o vereador José luís (CIDADANIA).

Grupo independente

Quem também pleiteia o cargo é Thuco Benicio (CIDADANIA), que faz parte do núcleo de vereadores independentes, e que hoje tem ampla maioria.

Em seus discursos, Thuco falou que o parlamento municipal não vai tolerar ameaças, constrangimento e fake news das “forças de retrocesso”. Ele também fez elogios à independência dos seus pares e listou algumas das ações que pretende implementar se for eleito como presidente da Câmara.

“Vamos garantir acessibilidade, garantir a transmissão de todas as sessões para que o cidadão possa fiscalizar seus representantes, e garantir o atendimento da sociedade com a câmara de portas abertas para a população de Manacapuru.”

Ele também anunciou a implementação de um aplicativo de celular para que haja um contato mais direto e maior participação da população no processo legislativo municipal. “Vai permitir ao cidadão ter acesso ao seu vereador em tempo real acompanhando as votações, as presenças, marcar agenda e falar direto com o vereador.”

Nos bastidores, vereadores reconhecem a força do grupo independente em indicar um nome para disputar a presidência da Casa. Em paralelo, o prefeito Beto Dângelo pressiona a base aliada, e diz que não vai aceitar pernadas, e que José Luís, é membro do seu grupo.

O que era conversa atrás das portas fechadas nos gabinetes, começou a vazar pelos corredores, fatos que não davam nem para imaginar que acontecessem num poder legislativo, onde um secretário da prefeitura de manacapuru, manda mais do que o presidente da casa, despacha da sala do presidente daquele poder e traz ordens a serem cumpridas pelos vereadores da base do prefeito, num poder de mando que nunca se viu na história da câmara municipal de Manacapuru.

Cacique

O prefeito Beto Dângelo acha que é o dono de Manacapuru, que é o cacique, que vereador pra ser candidato a presidência da câmara, tem que ter a sua benção, e se aparecer muito, tem de ter as pernas quebradas. Mas pelo jeito a estratégia do prefeito articulador, não está surtindo o menor efeito.

Novos tempos

Há na esfera política de Manacapuru, uma tese de que raramente alguém chega a presidência da câmara de vereadores sem passar pela bênção do prefeito – O vereador Thuco Benicio pode quebrar esse paradigma na eleição do dia 05 de dezembro.

Thuco alinhou um verdadeiro agrupamento político com seus pares, dialogou a exaustão, e conseguiu a adesão da maioria. As expressões mais usadas pelos vereadores da casa nesse momento são: TRANSPARÊNCIA, INDEPENDÊNCIA E PARLAMENTO FORTE.

Os vereadores de Manacapuru cansaram das ordens do prefeito de mandar votar e mandar aprovar.

Muitos deles já decidiram que mandam em si mesmos, que mandam em suas palavras e em seus atos, e que fazem parte de um poder, onde o prefeito não manda mais.

Ventos de um novo tempo começam a soprar pelas bandas da câmara municipal de Manacapuru, e os vereadores querem acabar com a brincadeira do “SEU MESTRE MANDOU”

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