Polícia

Prefeito é morto a tiros dentro de prefeitura; entenda o que se sabe sobre o caso

Na última quinta-feira, 24, o prefeito de Lajeado do Bugre, no Rio Grande do Sul, foi morto a tiros. O atentado que tirou a vida de Roberto Maciel Santos (PP), de 45 anos, dentro do próprio gabinete gerou temor da cidade e levantou diversas dúvidas. Segundo a Polícia Civil, que investiga o caso, nenhuma linha de investigação é descartada até o momento e incialmente não é póssível dar mais detalhes do caso para não atrapalhar a apuração.

No momento do atentado, o prefeito estava em uma reunião no gabinete quando foi surpreendido por disparos de arma de fogo, morrendo no local. no local. A Brigada Militar cita que uma pessoa encapuzada entrou no local e atirou diversas vezes e após o crime, o atirador teria deixado a prefeitura em um carro, onde estaria uma segunda pessoa. No local, foram encontrados cartuchos de uma pistola 9 mm. A arma do crime não foi localizada.

Roberto Maciel Santos (PP), conhecido como Beto, tinha 45 anos, era casado e tinha filhos. Ele foi eleito em 2016 e reeleito em 2020. No momento do ataque, outras duas pessoas estavam com ele no gabinete: um funcionário da prefeitura, que foi socorrido em estado grave e levado para o Hospital e o vice-prefeito, Ronaldo Machado da Silva (PL). Ronaldo conta que conseguiu escapar indo em direção ao banheiro do prédio: “A gente não conseguiu identificar ninguém, porque chegaram chutando a porta e atirando. Consegui escapar por um banheiro. Foi um sufoco”, contou.

Até o momento, um homem foi detido para averiguações e foi preso em flagrante por receptação e porte de arma. Ele estava próximo de um automóvel abandonado no município. A polícia não detalhou que participação ele teria no crime. A delegada Aline Dequi Palma, titular da Delegacia Regional de Palmeira das Missões, diz que o caso está em investigação e afirma que foram efetuados diversos disparos.

Nenhuma hipótese é descartada e ainda não se sabe qual seria a motivação para o crime: “A investigação começou agora, todas as informações serão checadas, não dá pra seguir por uma linha única, então, a gente está em aberto, checando tudo para ver de que forma essa investigação vai ser conduzida”, disse a delegada na tarde de quinta. A polícia também não informou se o atirador agiu sozinho ou com a participação de outra pessoa. “A gente vai verificar se essa pessoa realmente agiu sozinha dentro da prefeitura, ou se estava acompanhada de mais alguém, ou se recarregou a arma, mas foram muitos disparos”, explicou Aline Dequi Palma.

De acordo com testemunhas, o prefeito era uma pessoa tranquila e não tinha desavenças políticas: “Era um cara bom, que não tinha desavenças com ninguém. Sempre foi muito trabalhador e fácil de se lidar. É algo que não tem explicação, mexeu com a cidade inteira”, falou um dos moradores que presenciou o ataque e que prefere não se identificar.

Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) manifestou pesar pela morte do prefeito. “A Famurs condena qualquer tipo de violência e se solidariza com os familiares e amigos do prefeito Roberto”, disse em nota. O mesmo foi feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que lamentou o ocorrido. “Recebo com muita tristeza essa notícia. Espero que, na fé, encontrem consolo e resignação neste momento de tristeza e pesar”, disse o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.

Em nota assinada pelo presidente da legenda no estado, Celso Bernardi, o Partido Progressista (PP) pediu apuração urgente do caso. “Era um líder da melhor qualidade, um homem pacífico e trabalhador que foi vítima da estupidez e do ódio, que são inaceitáveis, mas infelizmente acontecem, quando pessoas más não sabem respeitar a convivência humana, mesmo entre diferentes”, destacou o partido.

O corpo do prefeito deve ser sepultado por volta do meio-dia de hoje, 25, em um cemitério da cidade.

Com informações do G1

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