Economia

Medidor de luz que permite cobrança por horário de consumo é prioridade da Aneel em 2023

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pretende colocar a implantação, em grande escala, de medidores eletrônicos e inteligentes entre as prioridades de sua agenda para o próximo ano. Caso seja adotado, o plano adotado pela Agência permitirá uma grande mudança na forma como os consumidores geram suas contas de luz e deve abrir um amplo catálogo de novos produtos no setor. De acordo com o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa “Não podemos mais adiar essa discussão. Ela precisa ser amadurecida nos próximos semestres”, disse.

Ele destaca também que “Nosso grande desafio, daqui para a frente, será melhorar a gestão do consumo”, enfatizando que um dos grandes benefícios dos medidores eletrônicos e inteligentes é permitir que as famílias e empresas de pequeno porte façam uma gestão mais eficiente da energia, assim como permitir que os consumidores aproveitem melhor os momentos do dia em que o valor da eletricidade está baixo e economizar nos horários de maior demanda.

Há diferenças entre medidores eletrônicos e medidores inteligentes. Ambos representam uma evolução dos “relógios” tradicionais, na porta das casas ou edifícios, que são inspecionados mensalmente por um funcionário da distribuidora de energia. Eles permitem que o consumidor consiga enxergar detalhadamente em quais horários têm gastado mais e optar por momentos do dia em que pode obter desconto, além de permitir conectar-se à internet do consumidor para disparar avisos relacionados a problemas como voltagem incorreta, previsões de interrupção no fornecimento, horários de tarifas com desconto, gestão de contratos diferentes com comercializadores, quando vale a pena sair da rede, desligamento remoto de eletrônicos em casa ou no escritório. Nas palavras do diretor-geral da Aneel: “É a diferença entre um relógio digital e um Apple Watch”.

O primeiro passo para colocar a questão dos medidores eletrônicos e inteligentes no centro das discussões é incluí-la na agenda regulatória da Aneel para o biênio 2023-2024. A agenda deverá ser aprovada agora em dezembro. Caso ocorra como o esperado, no segundo semestre do próximo ano, a agência poderá fazer uma proposta inicial para o tema e lançar audiência pública.

Com informações do Valor Econômico

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