Polícia

‘Covarde, para com isso’: foram últimas palavras do homem que morreu para proteger esposa em assalto

Um homem foi morto na noite desta quarta-feira, em Colégio, na Zona Norte do Rio, ao reagir a um assalto próximo à estação do metrô. A vítima foi identificada como Bruno Gomes Valentim da Costa, de 41 anos, que teria reagido para proteger a esposa. O sepultamento será nesta quinta-feira, no Cemitério do Caju.

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Amanda Costa, viúva de Bruno compareceu ao Instituto Médico-Legal (IML) no começo da tarde desta quinta-feira. Ela contou que o marido trabalhava no Centro e, na volta para casa, era costume do casal que ela o esperasse de carro, na saída do metrô.

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Ela relatou que estava dentro do carro, quando foi abordada pelo assaltante, que se aproximou colocando a mão na cintura. Ela tentou dar partida, mas por ser automático, o veículo travou. O assaltante começou a bater no vidro, apontando a arma. Ela então entregou celular e carteira.

Bruno viu a abordagem de longe e foi na direção do carro gritando “covarde, para com isso, deixa ela”. O bandido deixou o celular roubado cair e abaixou para pegar. Amanda aproveitou a brecha para sair do automóvel e fugir.

Ela acredita que o marido tenha pensado que bandido iria atacá-la e, ao ver os dois abaixados, jogou a mochila em cima do assaltante. Foi nesse momento que o ladrão atirou.

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— Eu o estava aguardando com o carro ligado, porque a gente sabe que a região ali é perigosa. Estava atenta. Quando olhei para o retrovisor, vi que tinha alguém se aproximando e achei suspeito por mexer na blusa. Tentei engatar o carro, mas ele travou. O bandido estava na minha janela, e o Bruno vindo atrás. Ouvi quando ele falou: “para com isso seu covarde” — contou, acrescentando que entregou o carro e o celular para o bandido.

Amanda disse que, ao sair do carro, correu e gritou para o marido fazer o mesmo. Ao olhar para trás, viu que ele não estava e ouviu um tiro. Bruno trabalhava numa empresa de óleo e gás. Amanda é dona de casa. O casal tem duas filhas, de 2 e 7 anos. Ela reclamou da insegurança no bairro. Disse que os assaltos são constantemente denunciados pela população:

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— A gente sempre vê na televisão, acha que não vai acontecer com a gente. Dá um pouco de revolta com toda essa situação. Sempre foi caótico viver no Rio, mas está mais difícil. Ali naquele bairro, as pessoas fazem denúncias de assalto a toda hora, mas não acontece nada. É uma situação de descaso total.

A Polícia Militar informou que agentes do 9ºBPM (Rocha Miranda) foram acionados para uma ocorrência na UPA do bairro. Ao chegarem ao local, foram informados de que uma vítima de disparos de arma de fogo deu entrada na unidade, já morto.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Bruno .

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— Custei a acreditar (no que aconteceu). Dormi essa noite e não achava que fosse verdade. Acordei e a ficha caiu — desabafou Amanada.

Confira a nota da PM

“A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que na noite de quarta-feira (19), policiais militares do 9° BPM (Rocha Miranda) foram acionados para uma ocorrência na UPA de Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o comando da unidade, no local os policiais foram informados que uma vítima de disparos de arma de fogo deu entrada já em óbito na unidade. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital Fluminense.”

Veja o que diz a Polícia Civil

“De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), foi instaurado inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Bruno Gomes Valentim da Costa. A perícia foi realizada no local, e diligências estão em andamento para identificar e prender o autor do crime.”

Fonte Yahoo Noticias

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