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Julgamento de Neymar na Espanha é iniciado nesta segunda-feira (17); MP pede dois anos de prisão

O julgamento de Neymar em Barcelona foi iniciado nesta segunda-feira (17). O craque brasileiro passou cerca de uma hora e meia sentado no banco dos réus até ser liberado para retornar a Paris, onde reside e trabalha. Neymar, os pais e dirigentes do clube catalão são acusados pelo Ministério Público da Espanha e pela empresa DIS, da família Sonda, de uma série de crimes fiscais ocorridos durante a transferência do atacante ao Barcelona, em 2013. O MP e a DIS pedem a prisão de Neymar Jr. além de multas aos demais envolvidos. Mais seis audiências serão realizadas até a conclusão do caso, prevista para o dia 31 de outubro. 

O jogador do Paris Saint-Germain, que saiu do Barça em 2017 em uma transferência milionária, chegou à corte ao lado dos pais, também processados no caso. O grupo DIS apresentou a ação inicial à Justiça espanhola há sete anos e o Ministério Público da Espanha acatou o caso e acusa o jogador, os pais e os ex-presidentes Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, do Barcelona, assim como o ex-presidente do Santos, Odilio Rodrigues Filho, de corrupção empresarial. A promotoria solicita dois anos de prisão a Neymar e o pagamento de uma multa de aproximadamente de 10 milhões de euros (mais de R$ 50 milhões).

De acordo com informações do ge, o atacante brasileiro chegou ao tribunal cedo, antes do começo do julgamento, que foi iniciado às 10h de Barcelona (5h da manhã em Brasília). Já na corte, ele sentou ao lados dos pais, Neymar e Nadine, e próximo aos outros dois reús no caso, Sandro Rosell e Josep Bartomeu. Cerca de uma hora e meia depois, o juiz do caso, José Manuel Del Amo Sanchez, acatou o pedido da defesa de Neymar Junior e dispensou o atacante do PSG de permanecer no julgamento.

“Eu gosto muito de futebol, sei que o senhor Neymar Júnior ontem estava em campo pelo PSG contra o Olympique de Marselha. Sei que estava fazendo seu trabalho e marcando um gol. Portanto, está dispensado e seus advogados saberão quando ele tem que voltar”, pronunciou o juiz, para logo em seguida ver o jogador deixar a sala.

Entenda o caso

O grupo DIS, de Delcir e Idi Sonda, é parte do processo porque alega que possuía 40% dos direitos econômicos de Neymar quando este ainda era uma promessa do Santos, no Brasil, mas não recebeu o repasse correto da transferência para o Barcelona. A empresa alega que o valor divulgado pela compra do Barça junto ao Santos, de 17,1 milhões de euros, não foi o praticado de fato. Uma parte teria sido omitida já que posteriormente o próprio Barcelona revelou que a transação teria custado 57 milhões de euros. A diferença (quase 40 milhões de euros) foi paga à empresa N&N (sigla para Neymar e Nadine, pais do jogador). Após outra batalha na Justiça, ficou constatado que, na verdade, o total da transação foi ainda maior: 86,2 milhões de euros.

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