Bolsonaro afasta país da OCDE com falência do combate à corrupção
Sob a gestão de Jair Bolsonaro, que prometeu acabar com a corrupção, o Brasil foi rebaixado na avaliação que monitora como governos estão implementando um dos principais tratados internacionais de combate à corrupção criado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Entre os inúmeros retrocessos, o exame cita a interferência política nos órgãos de combate à corrupção no país por parte do Executivo, a perda de independência da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, o fim das Forças Tarefas e a falta de transparência. O Brasil foi um dos nove casos de países que viram as piores quedas em suas avaliações nos últimos anos.
Bolsonaro desfez avanços
De acordo com a avaliação, a situação atual mostra um reviravolta no combate à corrupção no país. “O Brasil vinha em uma trajetória de melhoria significativa na classificação do relatório de 2018 (saltando duas categorias, de “nenhuma aplicação” para “aplicação moderada”), estabilização no de 2020 (se manteve como “moderado”) e agora um retrocesso no relatório de 2022 (aplicação limitada)”, afirma a avaliação, publicada em Berlim.
Corrupção no MEC: chance real de Bolsonaro estar envolvido
“A queda na classificação no relatório atual se deve à redução no número de investigações abertas, de processos iniciados e de condenações em casos de suborno transnacional. No período analisado, o Brasil iniciou apenas 5 investigações, começou um processo, e concluiu apenas dois casos com aplicação de sanções relacionados ao suborno transnacional”, alertou.