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Johnson & Johnson anuncia fim da venda de talco para bebês por causar prejuízos para a saúde

Nesta sexta-feira, 12, a Johnson & Johnson anunciou que a partir de 2023 vai suspender a venda de talco para bebês em todo o mundo. A empresa justificou que a medida foi tomada após milhares de reclamações sobre a segurança do produto, que já é suspenso há dois anos em países como Estados Unidos (EUA) e no Canadá. Em nota, a farmacêutica norte-americana informou que tomou a decisão de substituir o talco por amido de milho no produto infantil, depois de ser alvo de cerca de 38 mil ações judiciais.

As queixas dos clientes vinculam a utilização do pó de talco em longo prazo, ao desenvolvimento de câncer, embora a farmacêutica negue que o produto seja a causa. Porém, no fim de 2018, surgiram informações de que a Johnson & Johnson (J&J) sabia, há décadas, o seu pó de talco usado pela empresa continha asbesto, um mineral com composição e características semelhantes às do amianto e com efeitos nocivos para a saúde.

Desde então, a J&J já enfrentou milhares de ações judiciais com a acusação de que teria contribuído para o desenvolvimento de câncer nos ovários em consumidoras do produto. A empresa nega e diz que, a cada ano, gasta milhões de dólares com esses casos: “A nossa posição sobre a segurança do pó cosmético permanece inalterada. Apoiamos fortemente as décadas de análise científica por médicos especialistas em todo o mundo, confirmando que o pó de talco para bebês, da Johnson, é seguro, não contém asbesto e não causa câncer”, disse a farmacêutica.

A empresa enfrenta outros problemas legais nos EUA, mas concordou, no início deste ano, em pagar milhões de dólares a vários estados, juntamente com outros grandes distribuidores de medicamentos, assumindo a responsabilidade na crise dos opiáceos. Apenas nos últimos 20 anos, mais de 500 mil norte-americanos tiveram suas mortes associadas a overdoses de opiáceos, incluindo analgésicos prescritos e drogas ilícitas, como heroína e fentanil produzido ilegalmente.

Com informações da Agência Brasil

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